O Candomblé é uma religião de origem africana que ficou popular no Brasil com a chegada de pessoas que foram escravizadas no país.
Considerada afro-brasileira, essa religião é do tipo monoteísta, o que significa que os cultuadores acreditam em um Ser Supremo.
Mesmo sendo monoteísta, o Candomblé cultua diversas Entidades que em sua crença representam as forças da natureza. Essas Entidades variam entre Orixás, Inquices, Voduns, entre outros.
O mais interessante sobre essa religião é que há variações das crenças de acordo com cada nação. Isso porque vieram pessoas de todos os lugares da África para servir como escravo no Brasil. Essa mistura de diferentes culturas trouxe a variação que podemos observar entre as crenças do Candomblé quando praticadas por várias nações. .
Veja mais detalhes sobre essa religião a seguir!
Conteúdo
O que é Candomblé?
O candomblé é uma religião afro-brasileira do tipo monoteísta. Como já mencionado, a religião foi trazida da África pelos escravos, porém, é importante destacar que a mistura de culturas africanas foi o que originou essa religião, assim como a influência do Catolicismo.
Essa religião cultua diferentes Entidades, sendo que todas elas representam forças da natureza personificadas em Divindades Ancestrais. De acordo com o Censo de 2010 realizado pelo IBGE, pelo menos 0,3% de toda a população brasileira se diz praticante do Candomblé. Há ainda praticantes em países como Espanha, Uruguai, Suíça, Áustria, Alemanha, Argentina, Itália e Portugal.
Logo quando a religião surgiu, ela foi reprimida pela Igreja Católica, pela sociedade, pelo Estado e claro, pela sociedade escravocrata. No início, a religião era praticada apenas pelos escravos e por seus afro-descendentes.
No entanto, com o fim da escravidão muitas coisas mudaram, inclusive a questão étnica, racial, geográfica e de classe social em que o Candomblé era visto pela sociedade. Hoje em dia há vários adeptos, sendo que a religião agregou até mesmo parte da cultura brasileira, como o nosso folclore.
História e etimologia
O termo “Candomblé” foi criado a partir da junção de outros dois termos, sendo eles: “candombe” do idioma quimbundo (dança com atabaques) e “ilé” do idioma iorubá (casa).O significado nada mais é do que “casa de dança com atabaques”.
Essa religião tem como principal destaque a união de crenças africanas e culturas diferentes. Sua história começa com as nações africanas que praticavam o “animismo”, que é o culto a Divindades da natureza. Cada nação tinha um único Orixá, mas com a mistura de culturas causada pela importação de escravos, os praticantes dessas diferentes religiões uniram suas crenças e criaram o Candomblé já no Brasil.
Nas senzalas, havia sempre um zelador de santo que era chamado também de Babalorixá (homens) e Iyalorizá (mulheres). A religião surgiu por volta do século XIX na Bahia e é atualmente a religião com matriz africana com maior número de adeptos no Brasil.
Diferenças entre Candomblé e Umbanda
Há muitas diferenças entre as religiões Candomblé e Umbanda. Mesmo sendo constantemente confundidas, essas duas crenças se diferem em vários aspectos. Veja a seguir um comparativo entre essas diferenças!
- Candomblé: a hierarquia é bastante rígida nesta religião. Existente há pelo menos 5 mil anos, essa crença tem como característica o sacrifício de animais em determinadas cerimônias, a incorporação de entidades, porém sem consulta da mesma apenas benção, é preciso adotar diversas restrições e mudanças de hábitos para ser um pai ou mãe de santo e todos os trabalhos realizados nessas casas são cobrados para sustentar a organização.
- Umbanda: não há uma hierarquia rígida nesta religião, nem mesmo é tão antiga, visto que foi criada no século XX. Na Umbanda, não há sacrifício de animais, o pai ou mãe de santo não precisa ter restrições alimentares, de atitudes ou vestimenta, e os trabalhos realizados dentro das casas não são cobrados. A maior diferença, talvez, fique por conta da incorporação. Na Umbanda, as Entidades encarnadas, que são Espíritos que viveram em determinado momento na Terra, dão conselhos, consultas e benção diretamente aos clientes. Neste caso, não há incorporação de Orixás.
Principais características da religião
Rica em elementos culturais da África, Brasil e de religiões como o Animismo, Catolicismo e Xamanismo, essa religião possui muitas características peculiares que valem a pena conhecer. Veja a seguir algumas dessas características!
Terreiro de Candomblé
O Terreiro é o local onde é realizado as cerimônias, cultos e rituais dessa religião. Assim como na Umbanda, os Terreiros são locais de culto com referência a forma como os escravos cultuavam as Entidades de origem africana.
Esses lugares quase sempre eram compostos por uma área com terra batida que deu origem ao termo Terreiro. Para a realização do culto, todos ficavam descalços para facilitar a comunicação com as Entidades. Embora os Terreiros de hoje em dia não tenham necessariamente o chão de terra batida, todos ainda mantêm a tradição de pisar descalço nesses espaços.
Orixás e outras Entidades
Os Orixás são as principais Entidades cultuadas pelo Candomblé, com exceção apenas do Deus único, que varia de acordo com cada região da África que deu origem à religião no Brasil. Por exemplo, os Ketus acreditam no Olorum, enquanto para os Bantus o Deus único é Nzambi. Há ainda os Jeje que acreditam no Mawu como Deus único.
Já entre os Orixás, há centenas deles que compõe os rituais, cerimônias, oferendas e culto da religião. No Brasil, os cultos são restritos a um número menor. Os mais cultuados no país são: Exu (esfera), Ogum (guerra), Oxóssi (caçador noturno), Xangô (força), Iansã (nove), Oxum (cidade nigeriana / rio), Obá (rainha), Logum (príncipe aclamado), Nanã (néné / nana), Obaluaê (senhor da terra), Ossaim (luz divina), Oxumaré (se desloca com a chuva), Iemanjá (mãe / filho / peixe), Ewá, Oxalá (luz branca) e Ibeji/Erês (nascer).
Rituais e cerimônias
No Candomblé, os rituais, cerimônias, culto e outras comemorações são realizados através de danças, cânticos, batidas de tambores, minerais, oferendas de vegetais, objetos e em alguns casos o sacrifício de animais.
Nestas celebrações os participantes utilizam trajes específicos com cores e significados de acordo com seu Orixá. É comum a participação de dezenas ou centenas de pessoas, o número depende muito do tamanho da casa.
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