Conhecida como a Orixá guerreira, Obá possui uma grande força.
É também chamada de Rainha do Rio Níger, que o principal rio que passa pela África Ocidental, sendo o terceiro mais longo em todo continente africano.
Dona de uma grande força, essa Orixá é representada sempre com o escudo e espada na mão, expressando sua capacidade de defender tudo aquilo que acredita a qualquer momento. Dessa forma, quando é chamada, a Orixá sempre aparece para ajudar.
Qualquer pessoa pode orar para ela, mas quem mais recorre à Orixá são as mulheres que precisam de força e proteção. Isso porque a Orixá também é considerada a mãe que acolhe e compreende as dores do coração.
Quer conhecer mais sobre essa importante Entidade de Luz? Então acompanhe a leitura até o final e descubra tudo sobre Obá.
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Quem é Obá?
Filha dos Orixás Oxalá e Iemanjá, Obá é uma Entidade de Luz com grande poder sobre as águas doces revoltas. Guerreira, forte e protetora, a Orixá está sempre em busca do equilíbrio e na luta para defender o que é justo.
Por isso, ela é também o símbolo da luta pela justiça, já que ela procura pelo equilíbrio e defende os injustiçados. Além dessas características, a Orixá é conhecida por ser a rainha do Rio Níger e por sua força espiritual capaz de defender e lutar por aqueles que a ela recorrem.
O parentesco de Obá diz muito sobre a Orixá, não é à toa que ela está sempre presente nas águas doces revoltas como pororocas, quedas d’água e outros tipos de quebras fortes de água doce. Dessa forma, sempre que passar por locais deste tipo saiba que a Orixá está ali. Outra característica interessante da Orixá é que ela controla enchentes e o barro, assim como Nanã.
A força física e as batalhas vividas por Obá fizeram da Orixá a representação do poder feminino. Sendo assim, ela é considerada o poder feminino em todos os tipos de lutas, oferecendo ajuda, orientações e caminhos para mulheres que precisam de força.
Histórias da Orixá
As duas principais histórias da Orixá são:
A derrota da Orixá
Obá já levou a melhor em diversas batalhas com outros Orixás, derrotando Exu, Oxalá, Iansã, Oxumaré, Oxossi, Orunmilá e Omolú. No entanto, perdeu para Ogum, que foi muito mais esperto que Obá durante o combate.
Ogum consultou Ifá pouco antes da luta e recebeu orientação para preparar uma pasta com milho e quiabo. Ifá disse a Ogum que ele deveria colocar esse conteúdo em um canto da arena e isso faria com que ele se tornasse vitorioso.
Seguindo o que Ifá orientou, a luta começou e Ogum teve a oportunidade de trazer Obá para a massa feita com quiabo e milho. Dessa forma, não é difícil imaginar o que aconteceu, a Orixá caiu e foi derrotada. Então, naquele momento, a Orixá se viu apaixonada por Ogum e acabou se casando com ele.
Paixão por Xangô
Casada com Ogum, Obá ainda não tinha descoberto seu amor verdadeiro. Foi quando encontrou Xangô que sentiu um amor descontrolado e não teve dúvidas de que seria a primeira esposa de Xangô. Ao lado do Orixá da justiça, Obá se tornou ciumenta e muito possessiva.
Casado com três esposas, Obá tinha muito ciúmes de Xangô, principalmente do seu relacionamento com Oxum. Foi quando ela perguntou para a Orixá porque Xangô gostava tanto dela, se era Obá que lutava e corria riscos ao lado de Xangô.
Oxum aproveitou a situação para dizer que fazia um feitiço para prender o marido. O feitiço, segundo Oxum, necessitava de uma oferenda vista como prova de amor. Então, ela disse para Obá que ela deveria cortar a própria orelha para prender Xangô. Esperançosa, Obá não pensou duas vezes e cortou a própria orelha.
Ela serviu a orelha junto ao Amalá para Xangô, que ficou extremamente furioso ao notar o que tinha acontecido. Claro que o feitiço era apenas uma invenção de Oxum, e Obá foi inocente em não perceber que a Orixá tinha as duas orelhas intactas.
Quem é obá na igreja católica?
Obá é sincretizada na igreja católica pela Santa Joana D’Arc, considerada também uma grande guerreira. Dessa forma, a força com que ambas as mulheres lutam, defendem e ganham suas batalhas é o que as tornam muito parecidas.
Obá na Umbanda e Candomblé
Na Umbanda e no Candomblé Obá representa uma Orixá com características muito distintas. Ela é retratada como uma mulher cheia de vida, energia e força. Entre os Orixás, Obá é bastante temida e quase sempre domina a roda. Isso porque ela é capaz de derrotar qualquer um, desde que a luta seja honesta.
As principais características de Obá são sua garra e fibra, aspectos desejados por muitas mulheres. Dessa maneira, a Orixá não tem medo algum de arriscar, seguir em frente e mostrar o quanto é poderosa.
Diferente de outras Orixás, Obá não possui grande beleza física, já que suas habilidades em batalha a deixam menos feminina. No entanto, sua beleza real está na forma como combate as injustiças e age como uma verdadeira guerreira.
Ela foge completamente do estereótipo de esposa que fica em casa, nem mesmo gosta de dengos ou mimos. Então, para ela, o melhor da vida está nas batalhas e disputas, onde sempre lutou ao lado de Xangô ajudando-o a alcançar diversas vitórias.
Culto à Orixá
As celebrações à Obá ocorrem no dia 30 de maio, que é a data dedicada ao culto e comemoração da Orixá. Além disso, a Entidade de Luz é celebrada na quarta-feira, sendo esse seu dia da semana.
Assim, para as celebrações, os devotos usam roupas com cores branco e vermelho, além de adornos e vários elementos que enfeitam as festividades de Obá.
Já no caso dos que procuram por essa Orixá, é possível recorrer a ela através de diversos artifícios, como por exemplo, em suas celebrações, em Consultas Espirituais, saudando-a e em orações.
Assim, a saudação feita a essa Orixá é a seguinte: “Obá Siré!“, que quer dizer “Rainha Poderosa!“.
Gostou de conhecer um pouco mais sobre Obá? Veja também a história e as características do culto de outros Orixás aqui no Espaço Recomeçar:
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